"50 anos depois de Cristo, o apóstolo Paulo já falava do valor do esporte para as pessoas. Nos seus escritos, ele menciona dois esporte: a corrida e a luta. Também analisa o bom exemplo do atleta, que disciplina seu corpo "para alcançar uma coroa". Mas, Paulo vai além das competições esportivas: ele chama nossa atenção para o lance real do jogo da vida. Neste jogo, gostando ou não , somos todos atletas. E aqui não é o mais forte ou veloz que recebe o prêmio, mas sim aquele que confia sua vida a Jesus, o Campeão dos campeões!"

(Thiara Mandelli Basso - Tri Campeã Paranaense de Longboard)

domingo, 23 de setembro de 2012

Aulão de Lutas

No dia 22/09 (sábado), foi realizado um aulão de Lutas na Faculdade Dom Bosco
Tivemos diversas oficinas como capoeira, esgrima, mixed martial arts (MMA), karatê e taekwondo, além de palestras como "Estudos em Esportes de combate: estado da arte" e “Psicologia Esportiva aplicada aos esportes de combate”.

MMA
Matheus Scheffel
Filipe Marins  



 
CAPOEIRA
Marcelo Isaias Sampaio (Canarinho)

 
                                                                    
                                                              Esgrima                                                                                     
                                   Oswaldo Monteiro -
Paula Borges      



César Furtuoso - Karatê

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Special Judô Fitness Test

    A metodologia do treinamento desportivo sempre esteve orientada para a performance. Nesse ínterim, a avaliação física dos atletas torna-se imprescindível como um identificador da condição do atleta, bem como fornece subsídios ao treinador para a prescrição, planificação e periodização adequada do treinamento esportivo. Deste modo, o presente estudo tem por objetivo analisar a avaliação dos atletas de judô por meio de um teste específico: o Special Judô Fitness Test (SJFT). Para alcançar este objetivo realizou-se uma revisão bibliográfica sobre testes específicos para o judô e também um estudo empírico utilizando o Special Judô Fitness Test com 30 atletas de Judô, competidores da Região do Grande Rio, categorizados pelo desempenho esportivo segundo a obtenção de medalhas em competições e segundo a observação dos treinadores. Os resultados apontam que os atletas avaliados possuem desempenho no SJFT abaixo (pontuação alta) dos citados na literatura, no entanto, as comparações na própria amostra revelaram que os atletas categorizados como Excelentes apresentaram desempenho significativamente superior (pontuação baixa) aos atletas categorizados como Bons ou Ruins. No mesmo sentido, os atletas medalhistas apresentaram um desempenho significativamente superior aos não-medalhistas.


A avaliação física e o treinamento esportivo
    De acordo com Bergamasco e colaboradores (2005, p. 148):
"A busca por avaliações que possam refletir a condição física dos atletas em determinada modalidade vem sendo pesquisada há algum tempo. Vários são os índices que podem ser mensurados para expressar essa condição física, dentre eles, a freqüência cardíaca e o consumo máximo de oxigênio estão entre os mais utilizados. Mas a ciência do esporte tem demonstrado que cada vez mais é preciso aproximar os vários testes físicos as características de determinada modalidade".
    Assim, a avaliação física, inserida no contexto da cineantropometria, possui como objetivos (CARNAVAL, 1998; BOUZAS & GIANNICHI,1996):
  • Diagnosticar;
  • Classificar os Indivíduos;
  • Selecionar os indivíduos;
  • Manter Padrões;
  • Motivar;
  • Determinar o progresso do indivíduo;
  • Desenvolver diretrizes para a Pesquisa.


Excerto da monografia de Especialização em Ciências do Treinamento Desportivo de Alto Nível (UFRuralRJ) 

Judô: Modulação

O judo é um esporte intermitente/intervalado, ou seja, com exercicios de Esforço e Pausa em uma mesma atividade.

A relação de Esforço e Pausa segundo Wicks, 2006 é de 30'' de Pausa por 14'' de esforço.
Sendo que o tempo de uma luta é de 5 min. (golden score 3 min)
                                             


GERAL
ESPECÍFICO
(aeróbio)
PRE COMPETITIVO
(anaeróbio)
  COMPETITIVO

RECUPERAÇÃO
   PREPARATÓRIO
COMPETITIVO
   RECUPERAÇÃO


Macro jogo
  



·         ESPECÍFICO - E:P ( aeróbia )   → Recuperação:  menor que 1 minuto.
·         PRÉ COMPETITIVO - E:P ( anaeróbia )  →Recuperação: maior que 3 minutos.

                                                  1º ANAERÓBIO
FONTE
ENERGIA
TEMPO DEPLEÇÃO
TEMPO RECUPERAÇÃO
- ATP/PC
1 ATP
Aproximadamente 15 segundos.
 Aproximadamente 2 minutos.
- GLICOLÍTICO
3 ATP’S + H2O
ACIDO LÁTICO
Aproximadamente 3 minutos.
Aproximadamente 3-5 minutos.


                                                      2º AERÓBIO
FONTE
ENERGIA
TEMPO DEPLEÇÃO
TEMPO RECUPERAÇÃO
OXIDATIVO
36 ATP’S
ALGUMAS HORAS.
ALGUMAS HORAS.














 

SPECIAL JUDÔ FITNESS TEST

 

·         POTÊNCIA AERÓBIA
·         CAPACIDADE ANAERÓBIA

Golpe: Ipon Seoi Nage
Numero de arremessos
15 segundos      (intervalo 10 seg.)
6
30 segundos      (intervalo 10 seg.)
9
30 segundos      (intervalo 10 seg.)
9
TOTAL          
24 arremessos.

FC inicial: 79 bpm
FC final: 190 bpm
FC  (1 minuto) recuperação:  160 bpm

ÍNDICE:  FC FINAL + FC RECUPERAÇÃO      ( AERÓBIO )         
                 NUMERO DE ARREMESSOS         ( ANAERÓBIO ) 

ÍNDICE:   190+160 = 15
                     24


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A EVOLUÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA DO JUDÔ: PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES


Durante o ano de 1998, foi realizado um projeto de pesquisa intitulado Metodologia do Ensino da Educação Física sob a Ótica Crítico-Superadora: o Judô como elemento da cultura corporal. O objetivo principal do projeto era elaborar uma proposta de metodologia de educação física tendo o judô como conteúdo, capaz de superar os atuais arranjos do ensino do mesmo, por entender que “o judô foi, entre nós, totalmente  espojado de seus significados culturais, recebendo um tratamento exclusivamente técnico” (Bracht et al.,1992:76).

Fundamentalmente, procuramos indicar uma dentre muitas possibilidades de trato com o conhecimento judô, a partir de um projeto político-pedagógico3 que entende a escola pública brasileira como um dos espaços sociais mais importantes à construção da hegemonia das classes populares (Libâneo, 1984).
Como sabemos, a historicização dos conteúdos de ensino é uma característica da proposta
crítico-superadora (Bracht et al., 1989).
Nesta, o método de ensino é, por assim dizer, o movimento de um conteúdo na história (Escobar, 1997). Portanto, ensinar judô nesta perspectiva, exige captar o seu movimento na história, o que quer dizer que não basta o aluno ter domínio sobre as técnicas e os fundamentos dessa luta desprendidos, descolados de seu
movimento histórico (ibid.). Quando o currículo de educação física ensina as técnicas do judô como algo com valor em si mesmo, evidentemente contribui para o desenvolvimento nos alunos de uma consciência do mundo que os cerca como algo que tem valor em si mesmo, ou seja, dentro dos princípios da lógica formal
(Lefebvre, 1983; Vázquez, 1968; Cheputlin, 1982),

ORIGENS DO JUDÔ
Pontos essenciais a serem trabalhados com
aos alunos:
. Isolamento geográfico do Japão
- não possuíam bom desenvolvimento tecnológico: armas, materiais etc.
. Latifúndio
- a formação pelos grandes proprietários (Daymos) de terra de guardas particulares (samurais);
- conflito entre estes grandes proprietários no período Shogun (época feudal japonesa).O jiu jitsu
- parte da formação dos samurais;
- bastante difundido entre os camponeses por que não necessitava maiores implementos como a espada, por exemplo, cujo custo econômico e por ser símbolo de poder estava restrita aos samurais. No jiu jitsu,
basta o uso do corpo, luta de golpes contundentes e de morte;
- fundamentos do jiu jitsu que mais tarde foram incorporados ao judô (embora sob outra ótica, como veremos): ser uma luta corporal, apreensão do adversário com o uso de braços e de pernas (ne waza), chaves (kansetsu waza), torções e estrangulamentos (shime waza).

SURGE O JUDÔ
Pontos essenciais a serem trabalhados com
os alunos:
. A urbanização do Japão
- surgem grandes cidades (Nagasaki, Hiroshima, Osaka.) com presença do Estado, da Polícia, do Sistema Judiciário etc.
. Jigoro Kano
- homem que marcou seu tempo e grande precursor do judô.

Comentários auxiliares.
Nesse outro contexto histórico, o Japão inicia sua modernização e urbanização com a emergência do capitalismo. Seus contatos com outros povos e países cresce e, sobretudo, com a superação do sistema feudal e da era dos Samurais, perde sentido a necessidade de uma luta com golpes de morte. Além disso, a
modernidade trouxe consigo as leis, a justiça, a polícia, enfim, uma nova necessidade histórica para o povo japonês: o convívio urbano. A partir de uma nova necessidade social, surge também uma nova prática corporal: o judô. Seu precursor, Jigoro Kano, pensou numa luta que mantivesse as tradições culturais japonesas, mas que se adequasse aos novos tempos, nos quais não fazia mais sentido lutar até a morte.

PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS DO JUDÔ
. Quedas e rolamentos;
. Equilíbrio x desequilíbrio;
. Projeções;
. Imobilizações;

Comentários auxiliares.
É nesse contexto histórico específico que começa a fazer sentido o aprendizado do judô e de seus fundamentos. As condições objetivas da sociedade japonesa possibilitaram o surgimento desta nova prática corporal que, a partir das concepções de Jigoro Kano começa a delinear-se como uma luta com as características mencionados no item II e cujos fundamentos essenciais são as projeções, o jogo entre
desequilíbrio x equilíbrio, as imobilizações, as quedas e os rolamentos. Assim, mesmo o ensino das técnicas e dos fundamentos do judô não ocorre de forma isolada e estática, mas sim dentro de um contexto sociocultural que lhe dá sentido e significado histórico. Portanto, as técnicas do judô também possuem sua origem, sua gênese. O ensino deixa de ser alienante, pois o aluno, além de fazer, sabe porque está fazendo. Sabe, também por exemplo, que as quedas e os rolamentos possuem um significado histórico, qual seja: eliminar as contusões traumáticas e contundentes do antigo jiu jitsu que visava à morte do oponente. Assim, ser projetado ou projetar sem que ninguém saia machucado é parte integrante da luta do judô, que, portanto, só pode ser bem praticada quando aprendemos corretamente como defender nosso corpo e o dos
outros praticantes, através da correta execução de quedas e de rolamentos, enquanto formas de amortecer o impacto de nosso corpo no Dojô.
Para isso, inclusive, torna-se necessário o aprendizado de aspectos anatômicos e biomecânicos destas técnicas, que explicam o porquê do amortecimento (diminuição de impacto...), a importância da contração da musculatura que envolve o gradil costal (especialmente o grande dorsal) (Dângelo e Fattini, 1998).

E O JUDÔ VIRA ESPORTE-ESPETÁCULO
Pontos essenciais a serem trabalhados com os alunos:
. Maior contato da cultura japonesa com a
cultura ocidental
- imigração de japoneses;
- as características do esporte-espetáculo (selecionar mais aptos, aptidão física, treinamento exaustivo, busca de rendimento, só interessa a vitória, dopping)
- Olimpíada em Tóquio (1964);
- Guerra-Fria e uso político-ideológico do judô.
. Processo de treinamento desportivo no judô.
- visitar uma academia/clube onde ocorra treinamento competitivo de judô;
- experimentar aspectos básicos de uma sessão de treinamento desportivo de judô;
- conhecer as regras oficiais básicas internacionais do judô;
- organizar um torneio de judô que simule a realidade de uma competição internacional deste esporte e, ao final, refletir sobre o mesmo com auxílio do professor.

JUDÔ E SUAS MÚLTIPLAS RELAÇÕES EM
NOSSA SOCIEDADE
Educação
- as escolas no Brasil ensinam judô? Sim ou não e por quê? O que nossos avós, pais, amigos e parentes sabem sobre judô?
- que importância pode ter o ensino do judô num país como o Brasil?Lazer
- prática do judô, assistir a lutas, a filmes e a vídeos, ler livros sobre judô etc;
- o local onde moramos e a nossa cidade em geral oferece oportunidades de lazer com o judô?

Saúde
- judô como uma opção de prática regular de atividade física;
- as condições econômicas e sociais para que isso ocorra.

Meios de comunicação
- judô na programação esportiva da televisão e do rádio;
- nos jornais e nas revistas esportivas.

Comércio
- quais são os acessórios e os equipamentos mais usados no judô e como eles são vendidos nas lojas de material esportivo?
- quem são os consumidores de material esportivo de judô? Qual o poder aquisitivo deles?
- equipamentos e materiais para a prática do judô, a realidade da escola e sua comunidade e a busca de soluções.

Gênero
- o judô é para homens ou para mulheres ou para ambos?
- o judô como defesa pessoal para mulheres.

A CHEGADA DO JUDÔ AO BRASIL
. A necessidade de mão de obra especializada vinda do estrangeiro;
. O judô como forma de matar a saudade da terra natal;
. O desemprego e o surgimento das primeiras academias de judô no Brasil;

Comentários auxiliares.
Durante as décadas de 20 e de 30, o Brasil iniciou seu processo de modernização. O país começava a superar um passado marcado pelo trabalho escravo, pelo período colonial e, depois, pelo império, com a maior parte da população vivendo no meio rural e com a economia baseada na agricultura. O país começava a industrializar-se e a adquirir vida urbana. Iniciava-se a construção histórica do modo de produção capitalista entre nós. Nesse contexto, predominava a noção de que os escravos, recém-libertos, não eram a melhor mão-de-obra necessária para o desenvolvimento do país. Nessa ótica, seria preciso buscar mão-de- obra especializada no exterior, em países como a Itália, a Alemanha e o Japão, por
exemplo.É assim, com a chegada de imigrantes japoneses, que o judô chega junto com eles ao Brasil. No início, o judô era uma forma de matar as saudades da terra natal, isto é, uma maneira de os japoneses manterem suas tradições e sua identidade cultural. Posteriormente, quando alguns desses imigrantes, já cidadãos e trabalhadores brasileiros, ficam desempregados, sem fonte de renda e sem poder sustentar suas
famílias, surgem as primeiras academias de judô no Brasil. Elas surgem como uma forma encontrada pelos imigrantes de ensinar algo que eles conheciam profundamente, o judô, fazendo disso um meio de sustento para suas vidas. Com isso, muitos brasileiros também começam a aprender o judô, sem falar dos filhos dos
imigrantes japoneses, nascidos no Brasil, que também ajudaram a difundir esta luta entre nós.

FINALIZANDO... UMA PROPOSTA
EM ABERTO
Vários pontos ainda permanecem obscuros ou mal iluminados no tocante ao judô como conteúdo para aulas de educação física. Um deles é a própria chegada do judô ao Brasil. Faltam mais elementos que permitam aprofundar esse tópico. As pesquisas em história da educação física e dos esportes têm dado, até então, pouca atenção à sistematização dos conteúdos de ensino (não apenas o judô). Com relação ao início da participação da mulher no judô, encontramos somente uma monografia de final de curso, produzida na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, trata-se do estudo de Silva (1994). Mais uma vez a fonte é
insuficiente, são necessários mais estudos a esse respeito. Sobre a esportivização do judô, não encontramos nenhuma fonte específica, o que nos fez recorrer à história geral do esporte. Enfim, há material bibliográfico sobre o judô que pode nos auxiliar em nosso intuito, porém ele encontra-se disperso e é fragmentário, ou
ainda integra, muitas vezes, o arquivo pessoal de aficionados ou de ex-judocas. Temos clareza de que nossa tarefa apenas começou que se trata de uma tarefa que merece ser perseguida.
Outro exemplo disso é o tópico sobre a história do judô em Goiás. Ora, como podem nossas escolas não ensinar isso a seus alunos? Novamente as fontes, os documentos e as bibliografias tornam-se escassas. No entanto, restou-nos o recurso da pesquisa historiográfica, já que o sansei Lhofei Shiozawa (que esteve
presente pela seleção brasileira de Judô na olimpíada de Tóquio) mora em Goiânia há muitos anos e é história viva do judô brasileiro e goiano. Lançando mão de técnicas de história oral, podemos construir, por exemplo, uma biografia desse judoca veterano, que certamente iluminará aspectos importantes da história do
judô em Goiás, ajudando-nos nesta tarefa entre outras.
Portanto, este é um trabalho em construção e representa apenas uma sistematização inicial e introdutória ao conteúdo judô nas aulas de educação física. O aprofundamento desta investigação depende da continuidade do trabalho de pesquisa bibliográfica e, sobretudo, da produção de conhecimento novo, capaz de iluminar aspectos ainda obscuros deste conteúdo (e eles não são poucos, como vimos), seguida de posteriores sistematizações que possam, pouco a pouco, no diálogo com a prática, enriquecer e ampliar esta nossa proposta inicial, principalmente no que diz respeito aos possíveis erros aqui contidos.
A sistematização do conteúdo judô nas aulas de educação física nunca será um estado final ao qual poderemos chegar, ela será muito mais um processo permanente de construção de uma dada proposta pedagógica. E, por pensar assim, acreditamos que nossa caminhada nesta longa jornada já começou. Agora nossa intenção é tornar esta viagem do conhecimento algo cada vez mais consistente. Como se costuma dizer, a sorte foi lançada, quer dizer, nossa proposta inicial de sistematização do conteúdo judô nas aulas de
educação física está aí. E que o jogo continue, ou melhor, que esta luta nunca pare.

Autores: 
Orozimbo Cordeiro Júnior
Marcelo Guina Ferreira
Anegleyce T. Rodrigues

Artigo: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/view/3809

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Judo - Quedas e Projeções 2

QUEDAS:

Yoko Ukemi: Queda Lateral
O aluno irá fazer a atividade do coelho na toca. O professor deve orientar pra que ele fique agaixado, com um dos joelhos no chão e outro flexionado. Um dos braços será a toca ( a mão deve ficar no chão) e o outro braço o coelho. O objetivo é colocar o coleho na toca, realizando assim o rolamento lateral.




















PROJEÇÕES:


Ipoon Seoinage: Projeção de ombro por um braço
O primeiro exercicio deverá iniciar no chão, onde um dos alunos irá ficar deitado, e o outro sentado ao lado do colega. O que estiver sentado deverá colocar o braço em volta do pescoço do colega que está deitado e ficar segurando (sem apertar). O que estiver deitado terá que tentar escapar.

Na segunda atividade, é dada a continuidade da projeção em pé.
Primeiramente os alunos ficam frente a frente, um dos alunos irá dar uma meia volta em torno de si, ficando de costas para o outro colega, este deverá segurar nas mangas do colega, flexionar levemente os joelhos e ergue-lo.

Na terceira atividade o exercicio será semelhante, porém, ao invés de segurar somente na manga, o aluno deverá colocar o braço em volta do pescoço do colega, projetando o colega para queda.



domingo, 9 de setembro de 2012

JUDO - Queda e Projeção 1


QUEDA:

Ushiro Ukemi:Queda ou rolamento para trás
No primeiro momento, orientar o aluno a ficar agaixado, e fazer o rolamento para trás.
Após pra que ele faça o mesmo rolamento em pé.



PROJEÇÃO:

Deashi Harai: Varredura de perna avançada
Antes de fazer as projeções, é necessário orientar sobre o Kumi-Kata, que são as técnicas de pegada.
Para essa projeção, é utilizada a técnica de pegada ( gola/manga). A mão mais forte deve ficar segurando a gola e outra segurando na manga.




Atividade 1: Valsinha
     Utilizando a pegada gola/manga, um aluno terá que conduzir o outro, sem tirar os pés do chão.
O tronco terá que ficar levemente abaixado.

Atividade 2: Cai - Cai.
     Os alunos deverão continuar fazendo a pegada gola/manga. Um dos alunos irá puxar o adversário, com a mão que estiver segurando na manga, e vice e versa. Após eles terão que tentar derrubar um o outro.
   (Sempre alertando, que ao cair, eles deverão colocar o queixo no peito.)




quarta-feira, 5 de setembro de 2012

JUDÔ


CONCEITO

      


     O judo é uma arte marcial e um desporto de luta que coloca frente a frente duas pessoas (os atletas são divididos conforme o seu peso), sendo o principal objetivo de um dos praticantes, derrubar, imobilizar ou fazer render seu adversário. Com características bastante competitivas, o judo é composto por várias técnicas e movimentos.

HISTÓRIA
     A História do Judo remonta ao final do século XIX e tem como mentor o japonês Jigoro Kano que quis incutir, na antiga arte marcial "Jujutsu", uma vertente pedagógica e social. Apesar de altamente contesiado na altura, não baixou os braços até tornar o Judo num desporto completo e padronizado, assente numa forte base filosófica. Uma disciplina reinventada que o mestre Jigoro Kano soube adaptar aos tempos e ao homem moderno sem perder as raízes e os valores mais tradicionais.

     Era 1882. Nascia o judo, assentado nos conceitos Zen de serenidade, simplicidade e fortalecimento do caráter. É considerado o jogo da cordialidade das lutas marciais. O pequeno Kano que começara no esporte quatro anos antes para superar a fragilidade física, funda o Instituto Kodokan , com nove alunos e 12 tatames para ensinar sua criação.

    Em 1887 o judo já havia conquistado espaço bastante para quase tirar o jiu-jitsu de combate. A entrada de Kano no COI, em 1909, foi o empurrão que faltava para o judo já usado em treinamento de policiais franceses disseminar-se mundo afora. Em 1952 é fundada a confederação mundial, e enfim, o esporte torna-se olimpico em Tóquio - 64, para homens, e em Barcelona - 92, para mulheres. Hoje é praticado por pelo menos 180 nações.

    No Brasil, foi apresentado em 1915 pelo imigrante japones Mitsuyo Maeda, apelidade Conde Koma, e os adeptos que reunira em suas excursões pela América do Sul. Koma e sua equipe ficaram conhecidos e passaram a promover apresentações, nas quais aceitavam desafios de qualquer pessoa. Esses eventos, especialmente em Manaus e Belém , foram a melhor difusão do esporte no pais. São Paulo, sede da maior colônia japonesa no Brasil, deu - lhe a melhor acolhida e, por isso, é ainda hoje o melhor celeiro de judocas nacionais.




FILOSOFIA



Acreditamos que o ideal e os ensinamentos de Jigoro Kano estão bem sintetizados nessas duas máximas. Encontramos nos Evangelhos de Cristo: amor ao próximo como a nós mesmos e utilizar nossos dons para servir. Essa pequena introdução mostra-nos perfeitamente toda a grandeza do Judo, que voltado para o espirito almeja um mundo melhor, mais humano e justo para todos.



Princípios:
Há nove princípios que compõem o Espirito do Judo. Eles mostram a maneira de percorrer o "suave caminho" (a palavra japonesa "judo" é a junção de ideogramas "Ju", suave, e "Do", caminho), fundamento para o estudo, compreensão e progresso no Judo.


      1. Conhecer - é dominar-se, e dominar - se é triunfar.
Para conhecer suas possibilidades no mundo em que vive, para enfrentar todas as situações que exigem ações e soluções diretas ou indiretas, o homem precisa conhecer a si mesmo, saber quias as qualidades e deficiências que possui, para apresentar harmoniosamente as atitudes ou respostas mais adequadas à necessidade. Na posse íntima desse balanço, o homem adquire um melhor controle emocional, uma melhor postura frente ao mundo e uma melhor e mais inteligente utilização de seu potencial.
Tudo isso lhe dá maiores possibilidades de triunfar.
  
      2. Quem teme perder já está vencido.

O Kiai é definido também como um estado de espírito para vencer, portanto está intimamente ligado a este segundo princípio. Quando, inversamente, entramos em uma disputa incertos, inseguros ou temerosos, nossas forças se desassociam e enfraquecem, colocando-nos à mercê daquele ou daqueles que buscam com mais garra - com mais Kiai - o triunfo.

        3. Somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, sabedoria e, sobretudo, humildade.

A perfeição é de Deus: somente Ele é perfeito. O homem pode e deve, entretanto, tentar sempre se aproximar da perfeição em todas as suas obras e durante toda a sua vida. Assim fazendo com constância, sabedoria e humildade, estará também contribuindo para que o mundo seja mais bonito, mais humano e feliz. Estará trabalhando, portanto, para a complementação desse mundo que nos foi dado e pelo qual somos responsáveis.

         4. Quando verificares, com tristeza, que nada sabes, terás feito teu primeiro progresso no aprendizado.

Tantos são os mistérios do mundo, tão incipientes são os nossos conhecimentos que consideramos - nos sábios, ainda que em uma única e simples matéria, seria no mínimo uma enorme ignorância. Isto porque, na medida em que nos aprofundamos no conhecimento de um determinado assunto, vemos que a meta final se distancia e se ramifica em tantas outras opções - nem sempre coerentes, muitas vezes contraditórias - que somos levados a reconhecer com tristezaque nada ou muito pouco sabemos, e que a meta final não se encontra ao nosso alcance.

         5. Nunca te orgulhes de haver vencido um adversário. Quem venceste hoje poderá derrotar-te amanhã. A única vitória que perdurá é a que conquista sobre a própria ignorancia.

O orgulho jamais se justifica, porque ninguém é Deus para ter certeza da vitória na próxima luta. A atitude orgulhosa nunca nos leva a boas ações - muito pelo contrário. Como antítese da humildade, o orgulho nos torna arrogantes, soberbos e auto-suficientes, criando à nossa volta um clima hostil. Nem a própria vitória contra a ignorância justificaria o orgulho, pois o saber deve ser um instrumento de realizações para a coletividade e a ela oferecido. A vitória não é propriedade privada nem de uso exclusivo de alguém.

         6. O judoka não se aperfeiçoa para lutar. Luta para se aperfeiçoar.

Fosse a meta primeira e única do judoka a vitória em cima do tatame, então sim ele voltaria toda a sua capacidade, todo o seu aperfeiçoamento para essa luta. Mas isso iria tornar o esporte igual a tantas outras lutas, pobres e sem motivos ou ideais duradouros e úteis. Felizmente, as metas do Judo são justamente mais importantes porque visam, como já vimos, um mundo melhor, mais bonito, mais humano e feliz. Esse é o ideal que buscamos.

        7. O judoka é o que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensinam e paciencia para ensinar o que aprendeu aos seus companheiros.

À inteligência que deve ter o judoka para compreender aquilo que lhe ensinam, acrescentamos a perseverança e humildade. Perseverança porque nem sempre possuímos a facilidade no aprendizado, e a demora podenos levar a abandonar ou negligenciar conhecimentos que nos farão falta. Um pouco de perseverança possibilitará sempre com aprendizado. Humildade porque sem ela podemos achar que somos sábios e do alto da nossa suficiência não desceremos para aprender o que não sabemos. No transcorrer da vida, há uma seleção natural que escolhe os que tansmitirão ensinamentos para as gerações futuras. Assim é no judô. Aquele que teve a paciência para perseverar durante anos, acumulando conhecimentos e experiências, certamente  terá em grande dose a paciência necessária para o ensino do que aprendeu, contribuindo assim para que a grande arte caminhe para o futuro.

        8. Saber cada dia um pouco mais, utilizando o saber para o bem, é o caminho do verdadeiro judoka.

No mais corriqueiros atos da vida o homem aprende sempre um pouco mais, pois ele é um ser dinâmico e evolutivo. É significativo o fato de que a maioria dos governantes é de pessoas idosas, mesmo entre os povos mais díspares e em diferentes épocas da História. Isso se explica porque a soma de conhecimentos, o melhor controle emocional e a experiência  acumulada durante os anos suplantam o arrojo e o vigor físico dos jovens. Quanto a usar esses conhecimentos para o bem, é uma questão de princípios, inerente ao homem de bem e ao judoka principalmente.

       9. Praticar o Judo e educar a mente a pensar com velocidade e exatidão, bem como ensinar o corpo a obedecer corretamente. O corpo é uma arma cuja eficiência depende  da precisão com que usa a inteligência.

      Quanto mais acumulamos experiência na prática do Judo e nos aprofundamos em sua filosofia mais fascinante ele se torna, dada a sua abrangente diversidade de valores físicos, morais, intelectuais e espirituais. essa progressão educa a mente, nos ensina a pensar com velocidade e exatidão, e ensina o corpo a obedecer com precisão.
Esses são os nove princípios que marcam os caminhos do progresso e do aprofundamento no conhecimento e prática do Judo. A eles devem os judokas a sua atenção, obediência e zelo.

Fonte: Sensei (Kodansha) Stanlei Virgilio (A Arte do Judo, Ed. Rígel)
                http://judoepoesia.blogspot.com.br/2006/03/filosofia-do-jud.html

PROJEÇÕES:






Deashi Harai: Varredura de perna avançada
















Ipoon Seoinage: Projeção de ombro por um braço.






QUEDAS:






Ushiro Ukemi:Queda ou rolamento para trás



Yoko Ukemi:Queda lateral